O sucesso econômico se deve à imensa obra de engenharia que o país abriga. Segundo a BBC, 3% de todo o comércio marítimo mundial transita pelo Canal do Panamá, uma via de 80 quilômetros de extensão, que conecta 180 rotas de 170 países através de 1.920 portos em todo o mundo.
De acordo com o último Relatório Anual da Autoridade do Canal do Panamá, a infraestrutura contribuiu com 3,1% para o PIB do país em 2023. E isso porque houve uma seca. Sem levar em conta estes percalços, estima-se que a contribuição do Canal para o PIB ronda normalmente “entre 6 e 8%”.
Contudo, a contribuição do Canal para o PIB não para por aí. “Quando você soma toda a vitrine logística, que inclui a atividade dos portos e ferrovias e a Zona Franca de Colón, o Canal se torna um pilar muito mais importante, até cerca de 30%”, argumenta Carlos Araúz, economista panamenho.
Segundo El Economista, o Panamá tem o maior PIB per capita em paridade de poder de compra (PPC) de toda a América Latina. PPC é o montante na moeda de um país de referência necessário para adquirir uma cesta de bens e serviços equivalentes em duas economias diferentes.
Além disso, segundo o Banco Mundial, este indicador cresce 4,4% ao ano, o que deixa o Panamá cada vez mais próximo dos Estados Unidos em termos de riqueza por habitante.
“O Panamá alcançou uma convergência de rendimentos, segundo os padrões dos EUA, muito mais rápida do que a maioria dos outros países latino-americanos nos últimos 25 anos e é agora o país mais rico da América Latina”, observa um relatório do FMI Internacional sobre os fatores que explicam o sucesso da economia do país.
Em apenas duas décadas, segundo o portal El Economista, o PIB per capita do Panamá deixou de representar 33% do PIB dos Estados Unidos, para chegar a quase 50%. Este aumento faz com que sua economia seja uma das que cresceu mais rápido em termos per capita durante esse período em todo o mundo.